Pages

domingo, 16 de dezembro de 2012

10 Filmes "Diferentes" Para Assistir Antes Que o Mundo Acabe - Parte 1

Não são grandes clássicos. Não são sucessos de bilheteria. Não são blockbusters famosos. São apenas bons filmes, muitas vezes subestimados, que você talvez não teria a curiosidade de assistir. E, aproveitando a onda de "fim do mundo", aí vão minhas sugestões de películas que merecem ser assistidas antes que o sol exploda e frite todo o planeta Terra (!!!)


1. Caos Calmo (Antonello Grimaldi, 2008)


No momento em que Pietro (Nani Moretti) e seu irmão Carlo (Alessandro Gassman) salvam duas mulheres de um afogamento, a esposa do primeiro morre repentinamente. Após a tragédia, ele passa por um momento de caos emocional e silêncio reflexivo. Pietro, entretanto, precisa arrumar forças para exercer os papeis de pai e mãe da filha, Claudia (Blu Di Martino).

Por que é "diferente"? O roteiro de Nani Moretti (também o protagonista) é simples porém eficaz. Não se trata de uma grande produção, e sim de uma história intimista, minimalista e delicada. A interpretação da pequena Blu Di Martino surpreeende por sua intensidade. E palmas, muitas palmas, para belíssima trilha sonora!!

2. Grande Hotel (Q. Tarantino/ A. Anders/ A. Rockwell/ R. Rodriguez, 1995)


O filme é composto por quatro histórias, ambientadas em um hotel, às vesperas de ano novo. Quatro amigas bruxas fazem um ritual para trazer sua líder de volta. Um casal de sádicos fazendo um jogo sexual acaba por envolver o atrapalhado recepcionista. Duas crianças transformam o quarto (e a vida do, de novo, recepcionista) em um inferno enquanto os pais estão fora. E, por último, um grupo de amigos faz uma aposta um tanto curiosa. 

Por que é "diferente"? Grande Hotel é uma comédia realmente diferente. É ácida, inteligente e, ao mesmo tempo, banal. O elenco é composto de estrelas como Madonna, Bruce Willis, Marisa Tomei e Antonio Banderas. Mas a grande sacada do filme são as quatro histórias dirigidas cada uma por um diretor diferente.

3. XXY (Lucía Puenzo, 2007)


Um adolescente de 15 anos, devido a uma doença genética, apresenta características de ambos os sexos. Para protegê-lo do preconceito, seus pais levam-no, ainda criança, para uma cidade do interior. O drama se desenrola quando um outro adolescente se apaixona por ele, sem saber de sua condição especial.

Por que é "diferente"? O personagem principal, Alex, é interpretado por uma menina, a atriz Inés Efron, o que confere ainda mais ao personagem um aspecto andrógino. Além disso, é um filme que trata de um assunto relativamente novo para a maioria dos espectadores, quebra vários tabus e só prova que o cinema argentino está cada vez melhor.

4. Incêndios (Denis Villeneuve, 2010)


Na leitura do testamento de sua mãe, os gêmeos Simon (Maxim Gaudette) e Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) descobrem que eles tem um irmão e que o pai, que os dois achavam que havia falecido, está vivo. Dentre muitos pedidos, a maioria um pouco desconfortáveis, o último e mais importante vinha junto com duas cartas seladas: encontrar os dois e entregar-lhes.

Por que é "diferente"? Incêndios é quase um filme de suspense, mas só superficialmente. A história é cheia de tramas e revelações. As atuações são, simplesmente, magistrais. Roteiro e fotografia primorosos. Mas o grande diferencial é o final do filme, desesperador, daqueles que te deixam aturdido, sem reação. Foi indicado a vários prêmios, inclusive um Oscar de melhor filme estrangeiro. Incêndios é o tipo de história que te deixa realmente zonzo.

5. A Bela Junie (Christophe Honoré, 2008)


Junie (Léa Seydoux), uma jovem de 16 anos, vai viver com os seus tios após a morte da sua mãe. Ela entra na mesma turma do seu primo Matthias (Esteban Carvajal Alegria). Este apresenta-a ao seu grupo de amigos que desde logo se começam a interessar por ela, mas Junie escolhe o mais discreto do grupo, Otto (Grégoire Leprince-Ringuet), com quem inicia uma relação amorosa.
Nemours (Louis Garrel), o professor de italiano de Junie, é um sedutor que desperta paixões tanto entre professoras quanto alunas, correspondendo à maioria, em geral ao mesmo tempo. Porém, também ele é afetado pela presença da nova aluna, por quem acaba por se apaixonar. Junie também se sente atraída por Nemours, mas não se mostra disposta a ceder a essa atração.

Por que é "diferente"? O filme já começa com dois pontos positivos: a trilha sonora, quase toda assinada por Nick Drake, e a direção de Christophe Honoré, o herdeiro da nouvelle vague francesa. Além disso, o roteiro é uma espécie de adaptação livre do romance de 1678 La Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette. Os personagens do romance podem ser facilmente identificados nos personagens do filme. A Bela Junie é um filme simples, bonito e apaixonante.


PARTE 2 AQUI