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sábado, 18 de agosto de 2012

A Filosofia Sci-Fi

Por nos libertar da lógica e dos limites da realidade, ainda que baseando-se no que teoricamente somos capazes de fazer, a ficção científica é um excelente meio de reflexão filosófica. O estranho La Jetée (Chris Marker, 1962), um slide show em forma de filme, questiona a manipulação de tempo e memória e foi a base para Os 12 Macacos (Terry Gilliam, 1995)

Davos Hanich e Hélène Chatelain em La Jetée

Bruce Willis e Brad Pitt em Os 12 Macacos
Em 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), Stanley Kubrick explora nossas origens como espécie inteligente e nossa conexão com o universo; e em Laranja Mecânica (1971) nos questiona sobre o limite de violência que estamos preparados a aceitar da sociedade e do Estado.

HAL, o computador "em crise" da nave Discovery, de 2001: Uma Odisseia no Espaço
O experimental tratamento Ludovico, ao qual Alex (Malcolm McDowell) é submetido em Laranja Mecânica
Solaris (Andrei Tarkovski, 1972, com remake de Steve Soderbergh em 2002) é uma indagação existencial contínua a respeito de morte, perda e responsabilidade disfarçada de ficção científica.

O psicólogo Chris Kelvin enviado para investigar o estranho comportamento dos integrantes de uma estação espacial, vivido por George Clooney, no remake de 2002.
Mesmo filmes mais blockbusters como O dia em que a Terra parou (Robert Wise, 1951, remake de Scott Derrickson em 2008), Planeta dos Macacos (Franklin Schaffner, 1958, remake de Tim Burton em 2001) e Sunshine - Alerta Solar (Danny Boyle, 2007) contém reflexões sobre nosso destino como espécie e nossa responsabilidade diante da criação.

As vezes, as coisas saem um pouco do controle. O universo filosófico-religioso criado por George Lucas para sua saga Star Wars - com influências nas disciplinas do taoísmo, do budismo e do hinduísmo - é tão detalhado e convincente que, no censo de 2001 na Grã-Bretanha, "Jedi" como a quarta afiliação religiosa mais declarada.


Bom, sendo assim, que a força esteja com todos nós. Amém.